O sol, testemunha generosa, ajuda as plantas a crescerem, dá energia ao dia e ilumina cada gesto nosso. A terra é boa e fértil, fonte de alimento e de vida para todos que nela habitam. A lua, tão discreta, acompanha-nos na noite, e as estrelas no firmamento lembram a grandeza do ser que pulsa entre sonho e realidade.
Entre tantos dons, destacamos a mais sagrada e preciosa: a liberdade. Não fomos criados para viver em correntes, mas para caminhar com dignidade. A liberdade não é apenas o direito de ir e vir; é o direito de falar, de comer, de beber, de vestir-se com autonomia. É poder sustentar a família, ensinar aos filhos e netos o valor do respeito; é o direito sagrado de sorrir, de escolher, de trabalhar com sentido.
Se, neste Nordeste que conhecemos, sentimos e praticamos essa vida, não é apenas para nós que falamos. Somos parte de um povo que pode dizer, com olhos abertos: que cidade maravilhosa é a nossa! Temos a opção de sentir, observar e agir, de não ficar apenas olhando o mundo passar, de não cruzar os braços diante da necessidade alheia, de não permitir que a desesperança seja a nossa única companhia.
Os dons da vida estão na força da natureza, na capacidade de transformar, na resiliência que nos sustenta. Contudo, eles perdem valor se servirem apenas à riqueza individual. Que cada gesto de bondade, cada ação que promove o bem comum, cada decisão que aproxima as pessoas, tenha o impulso de uma virtude coletiva. Façamos o bem, não façamos o mal. Façamos acontecer, para que, juntos, possamos vencer não apenas as dificuldades, mas também o orgulho que nos impede de crescer.
Que este pensamento, que nasce de nossa terra, guie nossos dias: reconhecer os dons, cultivar a liberdade com responsabilidade, cuidar uns dos outros com o mesmo afeto com que fomos criados, e agir para que o bem comum seja a nossa maior vitória.

Comentários
Postar um comentário