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Mensagem do Dia 28 de julho de 2010.

Um mundo sem fronteiras
Muros caíram, países se unificaram e adotaram a mesma moeda, idiomas se propagaram e a internet coloca você em qualquer cidade em tempo real: a sensação é de que o mundo não tem, mesmo, mais nenhuma fronteira. Avança-se muito, para todos os lados, e rápido. Ninguém pára você.
Seus pais o educavam, hoje lhe permitem tudo. O acesso à informação era restrito, hoje é total. Não há mais censura. Por outro lado, a impunidade também está vencendo o jogo, a lei custa a te pegar. De celular em punho, você manda notícias de onde estiver. Você tem tudo à disposição, o mundo é um supermercado. Quer homem, quer mulher?
Tire pedaços do corpo, injete toxinas no rosto, mude de cara. Case e descase mil vezes, tenha quantos filhos quiser, tire quantos filhos quiser, você tem que conhecer o Marrocos, você tem que fazer terapia, você é a soma das suas escolhas.
Claro que tudo isso é uma ilusão, uma liberdade comprada em revista, televendas da euforia, só que sem delivery, você não recebe nada em casa, fica apenas com a impressão causada: a de que esse mundo aberto, escancarado, é um convite ao impulso, ao ir em frente sem pensar.
Até um determinado ponto, podíamos sentir raiva, mas jamais atravessar para o campo da insanidade. Podíamos terminar uma relação, mas ferir e humilhar era desnecessário. Ser autêntico não significava ser mal-educado. Falava-se muito em “a liberdade de um termina onde começa a liberdade de outro” – quando foi isso, na era paleozóica?
Tiravam-se fotos, mas elas ficavam restritas a álbuns e porta-retratos, não iam para o YouTube. Declarações de amor eram ditas entre quatro paredes, não no Orkut. Assim como no mar, não era prudente ultrapassar a arrebentação.
O limite do prazer ia até o risco de afogamento. Sabia-se até onde se podia chegar. Para ser alegre, não precisava ser descontrolado. Havia um limite entre ser sincero e ser grosseiro. E podíamos dar uma palmada no bumbum, mas matar era exagero.
José Lino

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